A Resolução ANAC nº 400/2016 assegura direitos específicos para passageiros com necessidades especiais, reconhecendo a importância de garantir acessibilidade e tratamento adequado a esse público.

Essa regulamentação inclui passageiros com deficiência, idosos, gestantes, lactantes, pessoas com mobilidade reduzida temporária ou permanente e qualquer outro viajante que necessite de assistência adicional.

Entre as principais obrigações das companhias aéreas está a prestação de assistência adequada durante todas as etapas da viagem, desde o momento da compra da passagem até o desembarque no destino final.

Isso inclui apoio no check-in, embarque prioritário, transporte de equipamentos como cadeiras de rodas e acomodações adaptadas dentro da aeronave.

Além disso, as companhias devem garantir que as necessidades sejam atendidas sem custos adicionais ao passageiro.

Dr. Oliveira afirma: “A assistência a passageiros com necessidades especiais é uma questão de inclusão e respeito. As companhias aéreas têm o dever de assegurar que todos possam viajar com conforto e dignidade.”

Um caso relevante ocorreu em 2021, quando uma passageira cadeirante enfrentou dificuldades em um voo doméstico devido à falta de suporte adequado durante o embarque.

A situação gerou grande repercussão na mídia, levando à aplicação de penalidades pela ANAC à companhia responsável.

Esse episódio destacou a importância de um treinamento adequado das equipes de solo e de bordo para atender às demandas específicas desses passageiros.

Outro ponto essencial previsto na Resolução 400 é a comunicação clara e antecipada. Os passageiros com necessidades especiais devem informar à companhia suas condições e demandas com antecedência, para que os ajustes necessários possam ser feitos.

Em contrapartida, as empresas devem garantir que todas as informações sejam prestadas de forma acessível, seja em linguagem simples, em braille ou por meio de outros recursos adaptados.

As aeronaves também devem estar equipadas para atender passageiros com limitações de mobilidade, incluindo banheiros adaptados em voos internacionais de longa distância.

Ademais, a regulação estabelece que equipamentos médicos essenciais e dispositivos de assistência, como andadores ou aparelhos de oxigênio portáteis, devem ser transportados gratuitamente.

Embora muitas companhias aéreas cumpram essas normas, ainda há espaço para melhorias.

Casos de descumprimento podem ser relatados diretamente à ANAC ou a órgãos de defesa do consumidor. A fiscalização constante e as penalidades aplicadas são fundamentais para assegurar que as empresas cumpram suas obrigações e para proteger os direitos dos passageiros.

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